E não esquenta (ou esquenta, sei lá) com os fantasmas das escolhas, pq todo mundo está constantemente precisando faze-las também; e não se engane, todo mundo perde quando decide por uma coisa ou outra. A gente nunca sabe o quanto as coisas custaram aos outros.
Se te atravessa tanto a questão "paternidade, tarefas domésticas e filhos" versus uma carreira, seja ela qual for (mas a artística é sempre a mais complicada), sugiro segurar forte nas autoras mulheres. Qualquer uma.
Você vai encontrar uma certa força nelas para encarar essas emoções.
Rindo (com empatia e respeito) da parte sobre "frustrado porque meu terapeuta não lê o que eu escrevo". Eu preciso voltar pra terapia, e já estou preparando posts do blog pra citar como referência porque realmente: eu deixei tudo explicado lá. E entendo a parte do "não acho que minha história precisa ser contada, mas eu PRECISO contar histórias". Não tenho muito o que falar sobre isso, só que eu entendo, e que pra mim faz diferença você estar contando suas histórias.
Suas newsletters sempre me pegam, são bem próximas de casa. Acho que só quem "precisa" escrever entende essa luta interna entre não ter tempo, precisar de dinheiro e, mesmo assim, sentir essa necessidade imensa de criar história. Simplesmente nunca passa. Pra mim, tem funcionado brincar com elas, criar universos, e esperar que as coisas se estabilizem para escrever pra mim.
Outra coisa: acho que não é sobre o mundo precisar ou não de "homens brancos héteros do sudeste", mas das coisas que só você pode falar. Essa culpa midiática pode ser penosa demais. Eu sou uma cis lésbica, mas não começo minhas histórias pensando nisso. Só, sei lá, escrevo. Você é um pai em uma vida que eu nunca poderia ter. Eu teria interesse, sim, em ler sua perspectiva do mundo.
Sonho com o mundo em que a arte traga apenas a angústia inerente a fazer arte, sem que o capitalismo atrapalhe. Nesse mundo, todas as histórias têm seu espaço e merecem ser contadas.
Eu realmente gostaria (e ainda vou) comentar direito esse texto, que ressoa em tantos lugares da minha ilha aqui também. Não posso fazer isso agora, porque estou muito atrasada pra sair para um compromisso, mas simplesmente não podia deixar de colocar alguma coisa imediatamente nesta caixinha: EU TE ENTENDO DEMAIS!
Você não está sozinho! Às vezes me sinto como se estivesse perdido em uma floresta escura. Não sei que caminho seguir, não faço ideia do que fazer em seguida. A gente abre mão de tanto pra escrever, e sem nenhuma perspectiva, que, ao final, é até difícil encontrar o que sobra. Mas muito sucesso com Tom!
Parabéns pelo lançamento!
E não esquenta (ou esquenta, sei lá) com os fantasmas das escolhas, pq todo mundo está constantemente precisando faze-las também; e não se engane, todo mundo perde quando decide por uma coisa ou outra. A gente nunca sabe o quanto as coisas custaram aos outros.
Se te atravessa tanto a questão "paternidade, tarefas domésticas e filhos" versus uma carreira, seja ela qual for (mas a artística é sempre a mais complicada), sugiro segurar forte nas autoras mulheres. Qualquer uma.
Você vai encontrar uma certa força nelas para encarar essas emoções.
Rindo (com empatia e respeito) da parte sobre "frustrado porque meu terapeuta não lê o que eu escrevo". Eu preciso voltar pra terapia, e já estou preparando posts do blog pra citar como referência porque realmente: eu deixei tudo explicado lá. E entendo a parte do "não acho que minha história precisa ser contada, mas eu PRECISO contar histórias". Não tenho muito o que falar sobre isso, só que eu entendo, e que pra mim faz diferença você estar contando suas histórias.
Suas newsletters sempre me pegam, são bem próximas de casa. Acho que só quem "precisa" escrever entende essa luta interna entre não ter tempo, precisar de dinheiro e, mesmo assim, sentir essa necessidade imensa de criar história. Simplesmente nunca passa. Pra mim, tem funcionado brincar com elas, criar universos, e esperar que as coisas se estabilizem para escrever pra mim.
Outra coisa: acho que não é sobre o mundo precisar ou não de "homens brancos héteros do sudeste", mas das coisas que só você pode falar. Essa culpa midiática pode ser penosa demais. Eu sou uma cis lésbica, mas não começo minhas histórias pensando nisso. Só, sei lá, escrevo. Você é um pai em uma vida que eu nunca poderia ter. Eu teria interesse, sim, em ler sua perspectiva do mundo.
Me identifiquei demais com o texto, Rodrigo. Êta, coisa pra mexer com a gente que é essa coisa de tentar viver de escrever.
Sonho com o mundo em que a arte traga apenas a angústia inerente a fazer arte, sem que o capitalismo atrapalhe. Nesse mundo, todas as histórias têm seu espaço e merecem ser contadas.
Eu realmente gostaria (e ainda vou) comentar direito esse texto, que ressoa em tantos lugares da minha ilha aqui também. Não posso fazer isso agora, porque estou muito atrasada pra sair para um compromisso, mas simplesmente não podia deixar de colocar alguma coisa imediatamente nesta caixinha: EU TE ENTENDO DEMAIS!
Você não está sozinho! Às vezes me sinto como se estivesse perdido em uma floresta escura. Não sei que caminho seguir, não faço ideia do que fazer em seguida. A gente abre mão de tanto pra escrever, e sem nenhuma perspectiva, que, ao final, é até difícil encontrar o que sobra. Mas muito sucesso com Tom!